7 de junho de 2014

Assassinato no Expresso do Oriente - Agatha Christie

Autora: Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira
Gênero: Suspense Policial
Número de Páginas: 189 páginas
Número de Estrelas: 4 estrelas
SkoobAssassinato no Expresso do Oriente
Comprar: Estante Virtual

Logo quando comecei com esse novo blog, estive à procura de bons autores de suspense policial; e quase sempre as minhas pesquisas tinham Agatha Christie como uma referência. Então decidi comprar uma obra sua por um preço baratinho de um vendendo online (não foi o Estante Virtual). Enrolei até ter o interesse de lê-lo. Mas infelizmente a leitura não fluiu de primeira, apesar de a história ser bastante interessante e na medida que eu gosto. Fui lendo uma, duas, três páginas por dia, até que ontem peguei o ritmo e o terminei completamente.

Pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve pára o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Uma americano é encontrado morto em sua cabina, com doze facadas, e a porta estava trancada por dentro. Pistas falsas são colocadas no caminho de Hercule Poirot para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime.
A minha edição do livro - e creio que todas elas - contam com uma linguagem bem simples e bem da época em que foi escrito, 1933. A história se passa anos antes da Segunda Guerra começar, mas você consegue notar, ao longo das conversas dos personagens, algumas características sociais que serão importantes na Guerra, por exemplo, os Estados Unidos já tomando conta do mercado econômico mundial e criando inimizades com outras nações.
A ação seguiu-se às palavras e, após fechar a janela, o detetive pela primeira vez voltou sua atenção para o corpo sobre o leito.
O livro é contado inteiramente em terceira pessoa e você não verá uma descrição tão detalhada dos cenários, apenas o que os personagens observam, contam nas rodas de conversas e as coisas mais importantes que Hercule nota. É interessante pois a autora não vagueia pelos pensamentos dos personagens, não tendo uma necessidade de humanizá-los, mostrar quem são eles, como eles viveram. Não. A autora vai criando os personagens em cima da própria investigação.

E é esse desenvolvimento dos personagens que me fez gostar da obra. Você não sabe de quem suspeitar menos. Veja bem! Aparentemente, todos no vagão Istambul-Calais são suspeitos. Seus depoimentos não são totalmente confiáveis, até certo ponto, mas como saber quem é inocente nesse crime? A autora nos apresenta tudo que é necessário para sabermos o culpado, tudo está lá, só falta encaixarmos as peças no seu lugar. Como eu não sou bom em dedução, tive que esperar as coisas serem elucidadas no seu devido tempo.
— Ce n'est rien. Je me suis trompé.
— Bien, Monsieur.
É interessante a revisão desse livro, pois ele contém algumas línguas (inglês, francês, português) e a autora brinca com essas línguas. Há pistas até mesmo nas expressões que os personagens usam. Às vezes se faz necessário o uso do Google Tradutor para entendermos as falas francesas, mas como eu sou preguiçoso demais para isso, decidi não usar. Fui na pura inferência e no contexto em si. Até que deu certo.

Não há muito o que falar, já que não fiz nenhuma anotação - um erro gravíssimo! O desfecho é impecável e surpreendente. Nunca lidei com um desfecho como esse num livro de suspense.

Em minhas pesquisas, achei uma adaptação cinematográfica dirigida por Sidney Lumet, de 1974. Se eu conseguir achar em algum lugar, irei assisti-lo e fazer um comparativo básico.

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