18 de janeiro de 2015

Os Fabulosos X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido - Chris Claremont/John Byrne (&Terry Austin)

Autores: Chris Claremont e John Byrne
Arte: Terry Austin
Editora: Marvel
Ano: 1981
Edições: #141 e #142
Número de Páginas: 31 páginas
Número de Estrelas: 4 estrelas

Introduzindo pela primeira vez os robôs Sentinela no universo cinematográfico dos X-Men, Dias de Um Futuro Esquecido (2014) foi um filme que não me agradou muito por motivos x e y. Logo na época do lançamento foram feitas comparações com a minissérie que deu origem ao filme, mas só recentemente consegui lê-la. A história original é um tantinho diferente e talvez eu aproveite isso em algum post (vamos ver!), mas enquanto isso, fiquem com a resenha dessa minissérie espetacular.
Nova York, 2013. O mundo do século 21 é dominado pelos Sentinelas. Descontrolados, os enormes construtos oprimem os humanos e caçam os mutantes como animais. Nessa cruel realidade, uma milícia de resistência, formada por alguns X-Men restantes e liderada por um Magneto aleijado, tem um audacioso plano: enviar a mente da Kitty Pryde do futuro para seu corpo em 1981 e ajudar os X-Men a evitar o evento que gerou aquele mundo desolado: o assassinato do Senador Robert Kelly!
Antes de tudo, quero dizer que essa resenha conterá spoilers. Caso você não tenha assistido ao filme, por favor, não reclame quando eu falar que personagem fulano ou ciclano morrem.

A história é bem simples: os mutantes remanescentes dos X-Men (Magneto, Wolverine, Colossus, Ninfa, Ororo, juntamente com Franklin Richards e sua namorada Rachel) estão cansados desse novo mundo em que vivem, um mundo opressor. Então, decidem enviar a mente de Kitty Pride para 1981 (época em que ela ainda não tinha um bloqueio mental como os outros X-Men), para seu antigo corpo. Lá, ela e os antigos X-Men devem evitar que a Irmandade Mutante (composta por Mística, Avalanche, Pyro, Blob e Sina) mate o senador Kelly e desencadeiem o ódio que as pessoas têm pelos mutantes e futuramente a criação do Projeto Sentinela.

Essa é uma minissérie que acontece apenas em 2 edições, mas os acontecimentos do passado, seguem a cronologia da série em si. Ciclope não faz mais parte dos X-Men, então quem lidera a equipe é Tempestade.

Há coisas que adorei nessa minissérie, como por exemplo: os mortos. Quer dizer, não os fatos de eles estarem mortos, mas sim quem morreu. Vejam bem: todos nós sabemos que nos Estados Unidos e no Canadá das HQs da Marvel existem vários heróis, mutantes, vilões de outras séries, certo? Pois bem, nem eles os Sentinelas deixaram escapar. Só para vocês terem uma ideia, alguns dos personagens mortos são: Professor Xavier, Ciclope, Motoqueiro Fantasma, Homem-Aranha, Dr. Destino, Tocha Humana, Capitão América, entre outros.

Nova Iorque agora (o futuro é situado no ano de 2013. Ainda bem que isso não aconteceu) é uma sociedade extremamente distópica e destruída. Todos os humanos de lá são divididos em 3 classes, de acordo com  seu gene. E isso acontece apenas em Nova Iorque, pois os outros países estão em estado de alerta e, caso os Sentinelas decidam invadir seus territórios, iniciará uma guerra.

Pois bem, a primeira edição (#141) é a explicação de tudo: Onde? Quem? Por quê? Como? Nela saberemos tudo que precisamos saber para a segunda edição (#142) onde acontecem as coisas mais importantes e é onde está concentrada a maior parte do drama pelo qual os personagens passam. Há cenas em que o foco é a Tempestade e há cenas em que o foco é Colossus e, antes de morrerem, eles pensam no que já sofreram até então. Rachel (namorada de Franklin) é responsável por tomar de conta do corpo de Kate e ela sente quando todos os seus amigos morrem. Além disso, há o drama da Kitty no passado, tendo que rever todos os seus amigos mortos, e tendo que lidar com seu eu mais inseguro e despreparado.

Isso não vai ser spoiler porque já passou trezentas vezes no SBT. Há um momento em que Noturno luta contra Mística e quando ele vê a sua aparência (azul e com olhos amarelos), ele a questiona porque ela é igual a ele. Mística não revela exatamente que é sua mãe, mas diz que Noturno deve perguntar à pessoa que o criou toda a verdade. No meio da confusão, ele acaba perdendo Mística de vista e deixa isso pra lá.

Ah, não posso deixar de comentar sobre o epílogo. Foi o melhor epílogo que já li até agora e não falo só sobre HQs, mas sim em questão de leitura mesmo. É incrível! É apenas uma página, mas vai fazer você pensar “P*ta que pariu! Não acredito nisso”.

Eu não vou comparar a minissérie com o filme aqui, pois acho que ficará melhor em um post separado. Ficará bem mais explicado e pontuarei algumas coisinhas que cada um fez melhor que o outro, etc, mas caso você queira saber o que achei do filme (antes de ler essas HQ), você pode ler a análise clicando aqui.

Espero que isso não tenha ficado tão confuso assim.

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