8 de outubro de 2015

[CRÍTICA | SÉRIES] American Horror Story: Hotel 5x01 - Checking In

A história dessa nova temporada se passa nos dias presentes, em Los Angeles. No episódio, há flashes do passado do detetive Lowe, da gerente Iris e da drogada Sally.
American Horror Story volta em seu quinto ano de série com um elenco extenso, uma qualidade gráfica superior, um enredo cheio de suspense e uma baita dúvida: seria essa a temporada que baterá de frente com a tão exaltada (e merecida!) Asylum? Se o resto da temporada for tão bem sucedido como o prmeiro episódio, não resta dúvidas que essa Hotel apagará a mancha que ficou na série com a monotonia de Freak Show. ESTE POST CONTÉM SPOILERS!
O episódio começa com duas estrangeiras se hospedando no Hotel Cortez: um hotel imponente, chique, belíssimo, mas que guarda em seus quartos vários tipos de mistérios. As moças logo reclamam de um mal cheiro no quarto em que estão e descobrem que há algo de errado com o colchão da cama: há uma pessoa costurada dentro dele. Pode ser coisa da minha cabeça (ou não), mas a maquiagem usada nessa pessoa costurada dentro do colchão, lembra muito os monstros criados em Briarcliff, pelo doutor Arden. As moças então se mudam para um novo quarto: o quarto 64. Logo na primeira noite, uma delas é atacada por uma criança e as duas desaparecem.

John Lowe (Wes Bentley) é o protagonista do episódio. Ele é um detetive que chefia as investigações para prender um serial killer sanguinário, assassino esse que parece ter interesse particular em John. Esse assassino então diz que, se John quiser encontra-lo, que vá para o Hotel Cortez e procure no quarto 64.

A personagem Hypodermic Sally (cujo nome é ridículo, diga-se de passagem) é um alguém muito misterioso. Com um pé entre vilã e anti-heroína, a moça tem muito o que revelar durante toda a temporada. Apesar de já terem contracenado diretamente nas duas temporadas anteriores (Coven e Freak Show), nessa, Sarah Paulson e Kathy Bates parecem ter uma relação muito mais interessante e melhor aproveitável.
Quem ou o que seria o Demônio do Vício? Numa cena que parece irrelevante, um drogado se hospeda no quarto já citado e é estuprado por uma coisa que usa um cinto peniano com forma de cone. É nessa hora que Sally (Sarah Paulson) aparece no quarto e vê toda aquela cena, mas só diz que, se o rapaz quiser que o estupro pare, é só dizer que a ama. Fazendo o que a moça pede, o estupro acaba e o mais intrigante é que o rapaz não está sangrando, o que nos faz pensar que aquilo pode ter sido efeito da heroína consumida. Essa cena me lembrou muito relatos de estupros, em que os estupradores mandam as vítimas dizer que estão gostando, etc. Com a iminência da chegada do detetive Lowe ao quarto, o tal viciado acaba sumindo e deixando o quarto mais uma vez limpo.

A primeira aparição de Lady Gaga, uma sequência em que ela e Donovan saem e arranjam um casal para praticar orgia, é incrível! É sexy, provocante, interessante e surpreendente. Lady Gaga e Matt Bomer têm um carisma espetacular.
E é hora de falar como ela se saiu, não é? Aquela que dividiu tantas opiniões desde que o anúncio foi feito. Como Lady Gaga realmente se saiu nesse episódio? A cantora não é o foco do episódio, mas nas poucas cenas em que ela aparece, a moça brilha. O poder, elegância e sensualidade de Gaga combinam perfeitamente com a personagem e a personalidade que esperamos da ex-dona do Hotel Cortez, a Condessa Elizabeth. Sua primeira aparição é maravilhosa! É toda uma sequência de sedução e morte. Ela faz par romântico com Donovan (Matt Bomer), outro personagem que exala sensualidade.

Será que haverá a mesma pegada da casa Harmon, lá da primeira temporada da série? Não é só isso que lembra da primeira temporada da série, a corretora Marcy (Christine Estabrook) dá suas caras no hotel. O episódio vai intercalando cenas de Iris – gerente do hotel – e o detetive Lowe. Muitas das relações entre os personagens são mostradas: poucas amizades e muitos sentimentos ruins. Há uma tensão crescente ao longo do episódio e uma trilha sonora deliciosa. Referências a O Iluminado (1980) são quase impossíveis de não se verem. As atuações não deixam a desejar. Talvez o personagem que mais me chamou a atenção tenha sido Liz Taylor (Denis O’Hare), pois esse pode ser o melhor trabalho do ator dentro da série. Rostos como Evan Peters, Angela Basset e Finn Witrock não aparecem nesse episódio.

[+] Pontos fortes e baixos do episódio 5x01:
• A reinvenção da parte técnica. Se a série não tivesse um tom tão pálido, eu diria que ela é uma produção da HBO;
• Há poucos momentos de monotonia e clichê, o que não significa que eles não possam ser trabalhados ao longo de toda a temporada e se tornem algo especial;
• A trilha sonora que combina perfeitamente com cada cena;
• Terem trazido um serial killer interessante para essa nova temporada - mesmo Dandy (Finn Witrock) ter sido um assassino em massa nos últimos momentos da quarta temporada, só vimos um personagem tão interessante de ser desvendado em Asylum.

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[+] Veja também os seguintes links relacionados:
Televisão #3: American Horror Story: Asylum

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